16 jul Conheça a história da tatuagem e sua evolução
A popularidade das tatuagens hoje em dia é algo inegável. A moda vem tomando tanto espaço que, só em 2022, esse mercado cresceu 24%, ignorando completamente a crise que tem afetado outros setores.
Apesar de parecer uma moda relativamente recente e um sinal de juventude, é uma tradição ancestral e a história da tatuagem mostra que a prática está presente na humanidade desde, pelo menos, 3.000 anos antes de Cristo!
Egípcios, maoris, polinésios e muitas outros povos têm as tattoos como parte de sua história, tendo a prática significados diversos — desde símbolos de status e virilidade até a marcação de criminosos.
A seguir, nosso artigo vai contar como surgiram as primeiras tatuagens, a evolução da técnica através dos anos e como essa prática chegou à popularidade que tem hoje. Preparado? Venha conosco nessa viagem do tempo!
O primeiro registro de tatuagem
A prática da tatuagem é muito mais antiga do que se pensa: os primeiros registros datam de 3370 e 3100 antes de Cristo. A descoberta dessa data veio do achado de Ötzi, ou a Múmia do Similaun, um fóssil humano encontrado nos Alpes, que continha 61 tatuagens.
Os lugares tatuados coincidem com pontos usados na acupuntura, o que pode identificar uma relação entre essa prática de cura ancestral por meio da tatuagem, assim como denotar um uso medicinal dos desenhos marcados na pele.
Outras múmias tatuadas foram encontradas na Groenlândia, Alasca, Sibéria, Mongólia, China, Egito, Sudão, Filipinas e nos Andes, demonstrando que a prática da tatuagem surgiu em diversas partes do globo e em contextos históricos diferentes, tendo um significado único em cada cultura.
No Antigo Egito, cerca de 3100 antes de Cristo, a prática da tatuagem era reservada apenas para as mulheres, tanto para marcar as pertencentes ao harém do rei quanto para fins ritualísticos. As mulheres grávidas, por exemplo, tatuavam as coxas, abdômen e peito, acreditando que o parto teria mais sucesso desse modo. Outra classe que usava tatuagens no Antigo Egito era a das sacerdotisas da deusa Hathor.
As primeiras tatuagens eram feitas, principalmente, por meio do uso de instrumentos feitos de ossos e aplicação de tinta vegetal nas camadas mais superficiais da pele, numa técnica muito parecida com a Stick and Poke Tattoo, cada dia mais popular na atualidade.
Os romanos e as Cruzadas
Enquanto, em muitas sociedades, as tatuagens eram símbolos de status, entre os romanos, a prática já não era tão bem vista inicialmente. Os primeiros desenhos marcados na pele eram usados para identificar escravos, criminosos e condenados.
Entretanto, algumas mudanças culturais foram acontecendo e, com o tempo, as tatuagens começaram a ser usadas também pelos soldados romanos. Inicialmente, era uma forma de marcar o exército para evitar deserções, mas, gradativamente, os guerreiros começaram a fazer suas próprias marcas, que significavam coragem e as vitórias conquistadas na guerra.
Isso se deu graças à influência dos bretões e celtas, povos conquistados pelos romanos, que usavam as tatuagens como insígnias de honra marcadas na pele.
Nas cruzadas, no século 11, as tatuagens ganharam ainda outro significado entre os romanos: aqueles que eram marcados com desenhos de cruz tinham a garantia de um enterro cristão caso morressem em batalha.
Já na Idade Média, a prática foi banida em toda a Europa, por ser considerada uma profanação do corpo, visto na época como um templo do Espírito Santo. Ou seja, nesse ponto da história da tatuagem, tatuar-se era pecado e condenado duramente pela Inquisição Católica.
A tatuagem oriental
Apesar do sucesso na sociedade ocidental, a tatuagem também tem uma longa história no oriente, tradição essa que, hoje, influencia artistas em todo o mundo. Conheça a história por trás dessa arte:
China
Na China, a arte da tatuagem é milenar, sendo conhecida por lá como Ci Shen ou Wen Shen, que significa literalmente “perfurar o corpo”. E, apesar de sua tradição milenar, era vista como uma subcultura, algo indesejado e uma forma de profanar o corpo.
Muito ligada à criminalidade, a tatuagem era inicialmente usada para marcar criminosos para o exílio, sendo depois apropriada por esse grupo excluído, que começou a usar seus próprios desenhos e criar seus simbolismos a partir dessa arte.
Alguns povos minoritários na China ainda tinham outras tradições ligadas à tatuagem. O grupo étnico que vivia às margens de Dulong tatuava o rosto de suas mulheres com a crença de que isso as preveniria de serem estupradas por invasores, e a tradição permaneceu por anos, até mesmo quando o povo já não era mais ameaçado por outros grupos.
Já entre os Dai, as tattoos eram feitas entre os 13 e 14 anos, como um rito de passagem para a vida adulta. Enquanto as mulheres recebiam desenhos nas mãos, braços e um ponto entre as sobrancelhas, os homens tinham tatuagens mais elaboradas de dragões, tigres e outros animais, ressaltando seus músculos e demonstrando virilidade.
Japão
A ligação do Japão com a história da tatuagem data de 10.000 antes de Cristo e passa por diversas fases. Tanto já foi uma forma de adorno e expressão quanto sofreu diversas estigmas. A técnica utilizada é técnica Tebori (cujo significado é “entalhar), feita com agulhas bem finas de bambu e a inscrição na pele em longas sessões. As tintas vinham de fontes naturais, inspiradas nos pigmentos polinésios, e os desenhos iam desde dragões a samurais e gueixas.
No período Kofun, o significado social da tatuagem era similar ao início dessa arte em solo chinês, sendo ligado à criminalidade, como uma punição por crimes e uma marcação para o exílio. Porém, logo depois da era Tokugawa, período de grande repressão no país, a tatuagem passou ser um símbolo de resistência.
Posteriormente, o uso de tatuagens foi ligado à máfia Yakusa, gerando preconceitos que perduram até a época atual. Em 2002, por exemplo, o prefeito de Osaka, Toru Hashimoto, fez declarações públicas incentivando as empresas a não contratarem funcionários que tivessem tatuagens e, até hoje, alguns clubes e casas de banho não aceitam pessoas tatuadas em suas dependências.
Os Maori
Outra forte tradição de tatuagem são os Maori, povo tradicional da Nova Zelândia que tinha a prática como uma parte importante de sua cultura. Para essa tribo, as tattoos eram muito mais que apenas um elemento estético, representando verdadeiras narrativas sobre a personalidade, a descendência e a história pessoal de cada pessoa.
Cada tatuagem Maori é única e usa diversos elementos para registrar os feitos e a trajetória do tatuado. Os desenhos começavam a ser feitos na adolescência e iam crescendo conforme as realizações da pessoa. Quanto mais nobre um homem, mais tatuagens ele tinha.
A tatuagem nessa cultura era uma forma de status, sendo considerado desonroso não ter marcas que indicassem suas vitórias e história de vida. Enquanto os homens tatuavam no rosto, nas pernas e nádegas, as mulheres recebiam suas marcas no queixo, pescoço e costas.
Além de todo o seu simbolismo, as tatuagens eram feitas de forma muito mais agressiva que as técnicas avançadas que temos hoje: para fixar o desenho na pele, eram realizados diversos cortes profundos na pele, com pedras, ossos de albatroz, facas e dentes de tubarão. Para que o tatuado aguentasse a dor, toda a tribo cantava, e a tatuagem era feita em rituais. O processo de cicatrização, portanto, era bem mais demorado, exigindo repouso e a aplicação de ervas medicinais.
Cada símbolo da tatuagem Maori tem uma significação, e a junção desses elementos cria desenhos ímpares, sendo cada tatuagem única, representando a trajetória do tatuado. Veja o significado dos principais símbolos presentes nas tatuagens Maori:
- espiral (koru): baseado no desenho de uma folha de samambaia, significa crescimento e harmonia;
- anzol (hei matau): como a alimentação desse povo é baseada na pesca, o anzol significa prosperidade e saúde;
- torção simples: união e eternidade;
- torção tripla: amizade entre duas pessoas, união eterna além das dificuldades;
- pakati: padrão que se assemelha aos pelos de um cachorro, significando homem guerreiro, coragem e força;
- hikuaua: padrão que representa as escamas do peixe cavala, significando prosperidade;
- ahu ahu mataroa: outro padrão horizontal, que significa novos desafios e conquistas ligadas ao esporte.
Hoje em dia, essa tradição permanece viva na Nova Zelândia, embora os desenhos não sejam mais feitos no rosto, passando agora a habitar os braços e pernas dos descendentes dos povos tradicionais. A tatuagem Maori ainda ganhou o mundo com o seu simbolismo e a beleza de seus padrões.
A origem do nome
Em 1769, o navegador James Cook desembarcou na Polinésia e notou a tatuagem na cultura dos nativos. Em seu diário de bordo, descreveu a prática e o nome dado pelos polinésios:
“Ambos os sexos pintam seus corpos, tattow, como chamam em seu idioma. Isso é feito colocando uma camada da cor preta sob a pele, de forma tal a ser indelével. Este método de Tattowing que vou agora descrever é uma operação dolorosa, especialmente ao tatuar as nádegas, de forma que é feito uma vez só em suas vidas.”
Especula-se que essa é a origem do nome em inglês “tattoo”. Ao voltar da expedição, não só James, mas boa parte da sua tripulação carregava desenhos em sua pele, incluindo o botânico e aristocrata Sir Joseph Banks.
Já no século XIX, Charles Darwin postula que todas as sociedades tiveram alguma forma de tatuagem em sua cultura, sendo essa uma prática considerada praticamente universal. Em 1891, é patenteada a primeira máquina elétrica de tatuagem pelo americano Samuel O’Reilly.
As tatuagens dos marinheiros
Com a visita de James Cook aos Maori e seu hábito de fazer tatuagens entre esse povo como um “souvenir” de suas viagens, é desencadeada uma verdadeira febre entre os marinheiros ingleses e americanos. Ao final do século XIX, cerca de 90% dos marinheiros tinham algum tipo de tattoo no corpo, transformando essa prática como um indicativo da classe.
Os desenhos iam desde os lugares pelos quais eles passavam em suas viagens até superstições, como um frango e um porco para evitar afogamento, as clássicas âncoras, rosas do vento e até mesmo desenhos nas articulações, com a crença de que ajudavam a prevenir o reumatismo.
Um dos principais tatuadores dessa época era Sailor Jerry, que usava apenas tinta preta em seus desenhos e fazia representações de pin-ups, âncoras, caveiras, andorinhas e águias.
Apesar de estarem muito mais ligadas aos marinheiros, não só eles faziam tatuagens. A nobreza europeia também se apaixonou pela técnica depois da descoberta de James Cook. Um dos primeiros foi o rei inglês Edward VII, que voltou de uma viagem com uma cruz tatuada no braço.
O Rei Edward VII, da Dinamarca, também é um exemplo de monarca tatuado, apresentando, com orgulho, diversos desenhos pelo corpo, todos adquiridos no seu tempo na marinha real. Ainda figura entre a nobreza que carregava tatuagens o Czar Nicolau II, o último czar da Rússia, que carregava um dragão feito em uma de suas viagens ao Japão.
As antigas técnicas de tatuar
Antes da invenção da máquina elétrica, as táticas de tatuagem consistiam em perfurar a pele usando instrumentos pontiagudos e fazer, ponto por ponto, o desenho pretendido. No Japão, o instrumento usado é o bambu, afiado de forma a parecer uma agulha e molhado na tinta natural.
Em áreas do sul do Pacífico, o instrumento era mais rudimentar ainda, e a técnica era esticar o corpo do tatuado, usando um instrumento para bater e uma agulha de osso ou pedra para fixar o desenho, e, muitas vezes, a tinta utilizada era carvão com noz-moscada passada por cima da perfuração feita.
A primeira máquina de tatuagem só foi surgir no século XIX, sendo, na verdade, uma modificação de uma invenção de Thomas Edison para fazer a cópia de documentos perfurando o papel e fixando a tinta na folha abaixo.
Samuel O’Reilly inventou então a máquina rotativa, cuja velocidade era guiada por um pedal operado pelo tatuador. Com o tempo, surgiram as máquinas de bobina hidráulica, mais utilizadas hoje por garantirem mais precisão para os movimentos e traçados.
Mas essa história de evolução não para por aí: nos anos 2000, Carson Hill criou a máquina pneumática, que, por ser movida a gás, pode ser esterilizada muito mais facilmente em aparelhos de desinfecção, reduzindo os riscos de se fazer uma tatuagem.
Já em 2009, a empresa Neuma criou uma máquina híbrida pneumática-elétrica, com um líquido antimicrobiano que é liberado sempre que as agulhas tocam alguma superfície ou tinta.
Os aprimoramentos nas técnicas
Com o passar dos anos da história da tatuagem, diversas técnicas surgiram, recriando e, muitas vezes, modificando inteiramente os tradicionais desenhos e técnicas vindos da antiguidade até a tatuagem Old School. A máquina evoluiu, assim como os pigmentos e os desenhos.
Antes, eram usados elementos naturais na confecção das tintas, como extrato de ébano, pigmentos naturais retirados de raízes e plantas. Hoje, as principais cores são feitas com metais e outros elementos químicos mais seguros.
As técnicas também mudaram, e é possível encontrar uma verdadeira diversidade de estilos de tatuagem nos estúdios de todo o mundo. Veja os principais:
New School
O estilo New School procura fazer uma releitura moderna da tatuagem Old School ao explorar traços mais grossos, trabalhando outros temas além dos clássicos simbolismos náuticos, mas ainda fazendo um amplo uso das cores e representações. Tem grandes influências da arte moderna e HQs, e procura inovar nas ideias e na liberdade de criação dos artistas.
Geométrico
Muito em voga atualmente, o estilo geométrico procura usar formas como triângulos, círculos e quadrados para recriar desenhos, sejam eles abstratos, sejam figurativos, como animais, flores etc. O resultado são desenhos angulosos e muito harmoniosos.
Lettering
Muitas das tatuagens atuais são homenagens a parentes, amigos ou entes queridos. Dessa forma, as tattoos feitas a partir de tipografia e formas estilizadas de caligrafia têm sido muito populares, sendo comum também a inscrição de frases.
Aquarela
Outro estilo que tem ganhado força é a tatuagem de aquarela, técnica em que as cores da tattoo são aplicadas de forma a simular tinta diluída em água, muitas vezes, saindo de seus contornos e dando um ar bastante delicado ao desenho.
Pontilhismo ou Dotwork
Frequentemente compondo o desenho de animais e flores, o pontilhismo é a técnica de colorir a tatuagem por meio de pequenos pontos feitos em conjunto, aumentando ou diminuindo a sua densidade conforme o efeito de sombreamento pretendido.
Fotorrealismo
Registrar o rosto de alguém pode ser uma bela forma de homenagem, e é nisso que o fotorrealismo se baseia. Apesar de ser um estilo impressionante de tatuagem, é preciso muita técnica e estudo do tatuador para que o resultado fique realmente perfeito.
Biomecânico
O biomecânico é um estilo que simula a inserção de partes ciborgue ou metal no corpo do tatuado, dando um aspecto realista e, algumas vezes, até mesmo perturbador. Pode mixar ainda elementos orgânicos, dando um efeito “rasgado” na pele.
Tribal
Moda nos anos 80 e 90 entre os surfistas, o tribal se trata de desenhos geralmente em preto, com formas sinuosas. Apesar de ter caído em desuso, alguns artistas tentam recriar hoje esse estilo, inserindo novas técnicas ao tribal, dando um ar de modernidade.
Minimalista ou fineline
Tatuagens pequenas, com linhas finas, pouco preenchimento, nada de sombreamento e temática delicada. Essas são as características de outro estilo que tem ganhado adeptos em estúdios ao redor do mundo. Os lugares favoritos são a orelha, tornozelos e pulsos.
Ainda é possível recriar momentos em família usando a fineline, a partir da reprodução de fotos usando apenas linhas finas e ressaltando os elementos mais importantes das fotografias, dispensando sombreamento e detalhes.
Oriental
Se utilizando de elementos da cultura japonesa e chinesa de tatuagem, a tatuagem oriental hoje também tem diversos adeptos, explorando desenhos cheios de significado, como a carpa, o dragão, o leão e a flor de lótus.
Stick and Poke
Na contramão da modernização crescente das máquinas, a técnica conhecida como Stick and Poke tem crescido. Os desenhos são feitos com agulhas esterilizadas e pigmento, sem o uso da máquina, sendo necessário que o tatuador fixe ponto por ponto o desenho escolhido.
Abstrato
Sem esboço ou traços definidos, o estilo abstrato rompe com a tendência mais figurativa das tatuagens, usando pontos, traços e outras formas de desenho para compor tatuagens complexas e esteticamente impecáveis.
Haida
Baseando-se na tradição esquimó, esse estilo é marcado pela representação tribal de animais, tendo um aspecto muito parecido com os famosos totens da cultura indo-americana.
A história da tatuagem no Brasil
No Brasil, a tatuagem só chegou em 1959, com o primeiro tatuador registrado no país: o dinamarquês Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido apenas por Lucky pela imprensa da época.
Seu estúdio ficava na zona boêmia de Santos, perto de bordéis, o que reforçou o estigma que a tatuagem tinha no período em que Lucky chegou ao Brasil. Os frequentadores eram principalmente marinheiros e, na porta da tattoo shop, havia os dizeres “It’s not a saylor if he hasn’t have a tattoo.”, ou seja, “Você não é um marinheiro se não tiver uma tatuagem”.
O famoso tatuador morreu em 1983, aos 55 anos, deixando um legado de 45 mil pessoas tatuadas. Hoje, o Dia Nacional do Tatuador, comemorado em 20 de junho, é em sua homenagem, marcando o dia em que Lucky chegou ao Brasil, iniciando a história da tatuagem por aqui.
A tatuagem hoje em dia
Na década de 60 e 70, com a popularidade do movimento hippie e da contracultura, as tatuagens ganharam espaço na sociedade, surgindo uma nova onda de tatuados, que vem crescendo até os dias de hoje.
Programas como Ink Master, Miami Ink e LA Ink ajudaram a popularizar a tatuagem no mundo, difundindo os principais avanços na técnica, desde máquinas que estão cada vez mais rápidas, silenciosas e precisas, até as tintas, que tem melhorado a qualidade dos pigmentos.
As normas de vigilância e regulamentação crescente dos estúdios também tem feito com que a tatuagem deixe de ser algo amador e estigmatizado, fixando-a como uma prática social a cada dia mais aceita e segura.
Com a sociedade cada vez mais aberta à individualidade e formas de expressão alternativas, as tattoos tem ganhado os corpos de pessoas das mais diversas idades e classes sociais, sendo que a maioria hoje é de mulheres, que já representam 59,9% das pessoas tatuadas no Brasil.
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