Contaminação cruzada: Como evitar!

Contaminação cruzada: Como evitar!

Com grandes agulhas, vêm grandes responsabilidades — ou é quase isso que diz o ditado, não é mesmo? O dono de um estúdio assume não só o comprometimento com o resultado dos trabalhos artísticos, como também a obrigação de oferecer um ambiente ideal, prevenindo a contaminação cruzada e disseminação de doenças.

Tanto é que a Anvisa preparou um manual de “Referência Técnica para o Funcionamento dos Serviços de Tatuagem e Piercing”, trazendo medidas que devem ser adotadas em um estúdio. E saiba que isso também é ótimo para fidelizar clientes, pois ao verem a seriedade do estabelecimento, as chances de voltarem aumentam.

Para esclarecer o que é a tal da contaminação cruzada, abordaremos a seguir o seu conceito e também como é possível evitá-la.  Portanto, como forma de proteção tanto para si quanto para os clientes, saiba mais sobre o assunto e descubra quais doenças poderá evitar. Acompanhe nosso texto!

1. O que é a contaminação cruzada?

Você acabou de fazer um trabalho incrível e o cliente está satisfeito. Explicou os cuidados essenciais com a tatuagem, o que acontece no processo de cicatrização, o que fazer em caso de queloide na tatuagem e por aí vai. Feitas as recomendações, tudo pronto para a próxima! Beleza, mas e os cuidados para que ninguém seja contaminado no estabelecimento, como estão?

Talvez você até já tenha ouvido falar sobre contaminação cruzada, mas relacionada à indústria alimentícia. Afinal, esse é um dos principais causadores de doenças transmitidas pela comida e pode também desencadear uma reação alérgica.

A contaminação cruzada, independentemente do segmento em que ocorra, é quando há a transferência de contaminantes entre materiais de trabalho ou superfícies. Ela pode acontecer de forma direta, como entre tatuador e cliente, ou indireta, de algum material utilizado no estúdio para algum cliente.
Existem três tipos principais de contaminantes. São eles:

1.1 Contaminantes físicos

São aqueles representados por objetos ou materiais palpáveis, como metais, madeira ou vidro. Apesar de não resultar em nenhuma doença grave, qualquer substância que possa causar dano ao consumidor é considerada um perigo à saúde. Quando nos referimos a estúdios de tatuagem, pense em cacos de vidro quebrado ou farpas de madeira que podem ferir os clientes, por exemplo.

1.2 Contaminantes químicos

Como o próprio nome adianta, os contaminantes químicos são aqueles resultantes de processos dessa natureza. Entre eles, destacam-se as toxinas naturais (como toxinas paralisantes ou neurotoxinas), toxinas microbianas, contaminantes inorgânicos tóxicos e tintas.

1.3 Contaminantes biológicos

Sem dúvidas, os contaminantes biológicos são os mais perigosos em estúdios de tatuagem (e no geral). São vírus, bactérias, parasitas patogênicos e protozoários que, em casos mais graves, podem cair direto na corrente sanguínea dos clientes, resultando em doenças muitas vezes sem cura.
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2. De que forma ela pode ser transmitida?

Você pode estar entre os melhores tatuadores do Brasil e ter um portfólio de tatuagem maravilhoso. Ainda assim, na correria do dia a dia, pode cometer uma série de erros que resultam na contaminação cruzada dentro do estúdio.
Nele, temos algumas superfícies estéreis, ou seja, aquelas devidamente limpas, em que a contagem de microrganismos chega a zero ou bem próximo disso. Esse seria o ideal para todo o ambiente.

Chegar a tal nível de limpeza, no entanto, é praticamente impossível. Tanto é que se estima que 90% de um estúdio de tatuagem estejam contaminados. Bastante, não é mesmo?

Desde a maca até sua máquina, tudo pode estar contaminado. Porém, os níveis variam muito de um item ou local para outro. Além disso, um único ambiente pode conter diversos contaminantes: um físico e um químico, microrganismos distintos espalhados etc..

Com funcionários e clientes saindo do estúdio a todo instante, o ambiente fica propício à contaminação. Explicaremos, a seguir, como acontece a transmissão em diferentes materiais e locais para que você possa implementar algumas mudanças!
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2.1 Entrada do estúdio

Pense em quantas pessoas transitam entre a entrada e sala de espera. Nesse ambiente, há um alto nível de contaminação, principalmente biológico. Afinal, as pessoas manuseiam maçanetas, livros e revistas despreocupadamente, além do contato que elas têm com o balcão, chão, assentos e sofás.

É verdade que as doenças que podem se espalhar nesse ambiente são menos perigosas se comparadas àquelas que a contaminação cruzada pode transmitir em contato com a corrente sanguínea, por exemplo, porém não deixa de ser um risco à saúde. E mais: fora a contaminação pelo ar ou manuseio de objetos, ela ainda pode ocorrer por meio de picadas de mosquito.

Em estúdios de tatuagem, é na entrada e sala de espera que se encontram alguns dos maiores riscos de contaminantes físicos. Uma boa troca que você faz no dia a dia é a adoção de copos plásticos em vez daqueles de vidro.

Além de poupar o trabalho com a louça, evita que clientes e colaboradores usem o mesmo copo sem querer, fora a possibilidade de quebrar o objeto e acabar machucando alguém com cacos de vidro perdidos pelo chão.

2.2 Agulhas

Fazer com que seu cliente vire paciente de qualquer posto de saúde próximo ao provocar um corte ou deixar que ele saia com uma gripe causada por contaminação cruzada já não passa uma das melhores impressões. Mas, de longe, a contaminação mais perigosa de todas é a transmitida pela agulha.

A questão é que o instrumento penetra a pele e pode entrar em contato com sangue e outros fluidos corporais. Com isso, corre-se o risco de transmissão de doenças que, muitas vezes, nem apresentam cura, como herpes ou até mesmo AIDS, em casos mais raros — falaremos sobre isso mais adiante.

É claro que essa transmissão só acontece se as agulhas forem usadas em mais de uma pessoa ou se o material utilizado em seu estúdio não for esterilizado. Ou seja, desleixo do tatuador, que pode ser processado por negligência.

Portanto, nada de tentar fazer economia à custa da saúde alheia. Todo o processo vira uma verdadeira roleta russa e, no fim, o responsável pelo estúdio sempre sairá prejudicado também (financeira e profissionalmente), até porque ninguém procura aqueles que estão queimados no mercado.

2.3 Tintas

Assim como na explicação anterior sobre as agulhas, o mesmo acontece com o uso da tinta. Às vezes, sobra um pouco e dá vontade de reutilizar para não desperdiçar material. No entanto, ela já entrou em contato com qualquer microrganismo que pudesse sobreviver ali durante a sessão. Está comprometida.

Imagine que, logo em seguida, chega um novo cliente. Você então até pega outra agulha para começar o trabalho, mas reaproveita a tinta. Resultado? A própria: contaminação cruzada.

Outra forma de transmissão é pegar um novo pote de tinta, porém com a luva ainda suja de sangue da última sessão. A possibilidade de a contaminação acontecer é menor que a do caso anterior, mas existe e, muitas vezes, é resultado de um descuido momentâneo, por distração.

Há, ainda, chances de provocar uma reação alérgica em seus clientes por causa da escolha da tinta. Algumas delas, principalmente vermelhas e verdes, levam vestígios de metal em sua composição, o que desencadeia o problema. Entre os sintomas dessas reações estão o inchaço e a liberação de um líquido transparente, o sérum.

Em casos mais graves, pode ocorrer anafilaxia. Preste atenção àqueles clientes que apresentarem queda de pressão brusca acompanhada de taquicardia, oferecendo suporte rápido para evitar maiores problemas.

2.4 Transfer

Acredita que, sem o devido cuidado, a contaminação cruzada pode ser transmitida até pelo transfer?! Não tem muito segredo nesse caso. O bastão pode parecer eficiente e econômico à primeira vista, mas vai entrar em contato direto com a pele do cliente — e de todos os outros que vierem em seguida.

Por isso, é essencial que você empregue transfers em loção ou spray. Assim, você pode aplicar a quantidade necessária sem precisar que o produto volte para a embalagem… Contaminado.

Outra dica importante para evitar demais problemas é limpar a pele com sabão antibacteriano e também com álcool 70 antes da aplicação do transfer.

2.5 Bancada

Então você tomou todos os cuidados apresentados anteriormente, passou a controlar com mais eficiência o uso de agulhas e potes de tinta novos a cada cliente e trocou a praticidade do bastão por um transfer em spray. Mas, ainda assim, pode dar de cara com um caso de contaminação cruzada.

Acontece que de nada adianta tomar essas precauções se não fizer o mesmo com a bancada. Afinal, é nela que ficam suas ferramentas de trabalho!

Ao emendar um atendimento ao outro sem se preocupar em higienizar a superfície com a solução adequada ou aplicar um isolante cirúrgico de bancada (que, aliás, geralmente vem esterilizado), é possível que você contamine seus clientes sem querer.

Afinal, nada impedirá que a infecção aconteça ali se você largar um pote de tinta ou agulha infectados. Até a máquina de bobina pode tornar-se berço para uma colônia de bactérias. Sentiu o drama?

3. Como evitar a contaminação cruzada em seu estúdio de tatuagem?

Agora que você sabe como a contaminação cruzada pode passar de um cliente para outro ou mesmo para você, entende também o motivo de alguns dos muitos cuidados exigidos de qualquer estúdio de tatuagem. E olha que não são poucos!

Para prevenir a contaminação cruzada em seu estúdio de tatuagem, existem certas normas que não podem ser deixadas de lado. Vamos repassar as principais!

3.1 Preste atenção ao uso das luvas

Que você deve usar luvas para tatuar até o cliente sabe — e pode cobrar! Mas também é preciso lembrar-se de tirar e descartar as luvas a cada vez que precisar sair de sua área de trabalho, seja para fazer uma pausa ou só para atender ao telefone.

Sempre que uma acabar rasgando, é melhor trocar, até para sua própria segurança. Nada de tentar salvar um par de luvas e estender seu uso por mais de uma sessão. Também não vale se entregar à preguiça e deixar de lavar as mãos antes e depois do uso.

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3.2 Lave as mãos frequentemente

Por falar nisso, tatuadores precisam lavar as mãos frequentemente. Afinal, é dessa maneira que dá para se livrar de uma série de doenças causadas por microrganismos transmissíveis por contato físico.

Quando você usa um par de luvas, junta calor e umidade em um lugar só. Com isso, cria-se um ambiente propício para que as bactérias possam se reproduzir. É para reduzir a propagação de vírus e bactérias que é tão importante lavar as mãos antes e também depois que tirar as luvas.

3.3 Limpe equipamentos e ferramentas reutilizáveis antes de esterilizar

O primeiro passo para garantir que nenhum vírus ou bactéria apodere-se de seus materiais de trabalho é lavar aqueles que são reutilizáveis. Se fizer o serviço manualmente, use escovas ou ferramentas do gênero para ter certeza de que está alcançando até aqueles cantinhos mais difíceis de atingir.

Para essa tarefa, equipamentos para banho ultrassônico são essenciais por garantir a efetividade e também oferecer mais segurança.

Não se esqueça de, posteriormente, esterilizar as ferramentas. Aliás, essa é uma boa forma de passar mais confiança aos clientes: você pode mostrar como funciona o processo de esterilização nas autoclaves das hastes, por exemplo.

3.4 Dê preferência a materiais descartáveis

Como visto, nada de tentar economizar por coisa pouca, principalmente quando ela pode custar tanto no futuro. Prefira materiais descartáveis e realmente o jogue fora após o primeiro uso. Isso conta tanto para as luvas, como citamos anteriormente, como também para agulhas e batoques.

Parece tentador reaproveitar o restinho de tinta, mas explicamos como a contaminação cruzada pode acontecer. Por isso, livre-se dessas sobras.

3.5 Teste regularmente o equipamento utilizado para esterilização

Ainda que você siga todas essas dicas, é possível que alguns microrganismos sobrevivam. Mas como?! Acontece que, se as máquinas utilizadas para esterilização não estiverem em boas condições de uso, também não serão eficientes.

Autoclaves utilizam vapor, pressão e variações de temperatura para matar bactérias, fungos e vírus. Mas se, por exemplo, ela não fechar direito, pode não chegar à pressão ideal ou deixa escapar calor.

Por esse motivo, é essencial realizar testes esporadicamente para garantir sua precisão. Caso necessário, chame um técnico para realizar a avaliação ou consertar.

3.6 Proteja sua área de trabalho

Ressaltamos anteriormente que sua bancada de trabalho deve ser um verdadeiro santuário para evitar a propagação de doenças. Como as luvas ficam em contato constante com vários objetos, com a sua pele e a do cliente, proteja a área de trabalho com plástico transparente, evitando, assim, a contaminação cruzada.

Além disso, é importante higienizar a superfície com uma solução adequada antes de dar início aos trabalhos. Em lugar do filme plástico, pode-se empregar o isolante cirúrgico de bancada. Sua vantagem em relação ao anterior é que já vem esterilizado.

3.7 Descarte com consciência

Um cuidado que não afeta a seu cliente diretamente, mas pode ajudar outras pessoas é fazer o descarte correto do material utilizado durante a tatuagem. Assim como o lixo de hospitais e clínicas médicas, o de um estúdio de tatuagem é capaz de ferir e contaminar catadores e demais profissionais envolvidos em seu recolhimento.

Para tal, pode-se contratar um serviço especializado na coleta seletiva de resíduos, que ficará responsável pelo descarte, ou fechar um acordo com estabelecimentos de saúde próximos.

3.8 Adote o uso de máscaras e outras proteções

A máscara, apesar de incômoda, é uma grande aliada à sua saúde. Ela evita que possíveis respingos caiam diretamente em sua boca, bem como também protege o cliente de entrar em contato com gotículas de saliva e respiração — cuidado essencial para quem está praticamente com uma ferida aberta.

O avental cirúrgico pode evitar a transmissão de contaminantes da roupa direto para a tatuagem e, da mesma forma, o contrário. Muitas vezes, mangotes descartáveis são adotados para deixar os braços isolados.

4. Quais doenças é possível transmitir por meio da contaminação cruzada?

Não é por acaso que uma das exigências de bancos de sangue na hora da doação é não ter feito tatuagens recentes. Essa é uma medida de segurança para os casos de contaminação cruzada.

Algumas doenças, como a hepatite C (VHC), podem não apresentar sintomas em pessoas infectadas. Outras demoram a se manifestar, o que explica o cuidado na hora da doação. Imagine o problema posterior que um descuido desses pode gerar!

Muitas doenças estão suscetíveis à transmissão por meio da contaminação cruzada. A seguir, conheça algumas delas para entender a responsabilidade que recai em suas mãos.

4.1 Herpes

Temos uma péssima notícia sobre o herpes: uma vez que consegue entrar no organismo, não tem como ser eliminado, apenas contido. A doença é causada pelo herpes simplex 1 (HSV) e a transmissão, normalmente, acontece por via direta — beijos, gotículas de saliva etc..

Apesar das manifestações comuns serem na boca ou nos órgãos genitais, a infecção pode ser disseminada na pele. Essa forma é conhecida como “Herpes do Gladiador”. E o nome vem exatamente porque a transmissão pode acontecer pela luta corpo a corpo, mas também pela agulha da tatuagem, sacou?

É aí que se pode prevenir a contaminação cruzada. Além disso, ao trabalhar sem o uso de luvas, o tatuador pode ter seus dedos infectados.

4.2 Sífilis

Quando se fala em sífilis, as pessoas logo pensam na transmissão por meio do sexo sem camisinha, mas ela também pode ocorrer pelo uso de materiais infectados na hora de fazer a tatuagem, por exemplo, ou em transfusões de sangue — resultado da contaminação cruzada.

A doença pode (ou não) manifestar-se por meio de sintomas. Entre eles, são comuns a infecção urinária em mulheres, feridas indolores e pouco visíveis nos órgãos sexuais e a desregulação do ciclo menstrual ou período em atraso.

Se não for tratada, a sífilis continua no organismo, mas de forma inativa, e se manifesta com novos sintomas e feridas posteriormente. Entretanto, diferente do herpes, há um tratamento disponível. O paciente deverá tomar penicilina e ter acompanhamento médico pelo período de dois anos.
Algumas pomadas e cremes também são receitados para aliviar feridas e dores na região genital.

4.3 Hepatite

Existem vários tipos de hepatite e são dois os que podem ser transmitidos pela contaminação cruzada em um estúdio:  B e C. Qualquer que seja o tipo, no entanto, atacará diretamente o fígado. Assim como em outras doenças que apresentamos aqui, quando o assunto envolve tatuagem, o cuidado com o ambiente, tintas e agulhas é essencial.

Já a B, por sua vez, não costuma apresentar sintomas e, em alguns casos, é descoberta depois de anos. Quando isso acontece, é capaz que tenha evoluído para uma cura espontânea ou para um quadro crônico.

O vírus da hepatite C também costuma agir silenciosamente, e é a mais perigosa de todos, pois, apesar da existência do tratamento o mesmo nem sempre é eficaz, pode ser variável entre 50 a 100% a cura.

Torna-se fundamental fazer exames para identificar o tipo da doença, se tiver dúvidas vá a um posto de saúde ou médico e pergunte qual o procedimento para fazer os exames.

4.4 AIDS

Há controvérsias sobre a transmissão de AIDS por meio da contaminação cruzada em estúdios de tatuagem, uma vez que o vírus HIV não sobrevive fora do corpo humano. Até hoje, nenhum caso foi confirmado.

No entanto, o risco existe. É o que diz a médica infectologista Mariliza Henrique da Silva, que também é diretora do ambulatório de hepatites virais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A profissional explica que essa possibilidade se deve ao fato de que tinta e agulha entram em contato com sangue e outros fluidos corporais. A transmissão ocorre caso não haja cuidado e os instrumentos não sejam esterilizados.

Como se sabe, AIDS é uma doença crônica que ataca o sistema imunológico, enfraquecendo a imunidade contra infecções e tumores. Seus primeiros sintomas podem levar até dez dias para se manifestarem após o contágio pelo vírus HIV e se assemelham muito aos de uma gripe, incluindo febre alta e fraqueza, mas também pode causar diarreia, sensibilidade à luz e náuseas.

Caso desconfie dos sintomas, é possível passar em um clínico geral que, dependendo do caso, fará a transferência do paciente para um infectologista. Apesar de não ter cura, é possível impedir a multiplicação do vírus com o uso de antirretrovirais.

Muitas das doenças citadas aqui levam a resultados catastróficos e tiram qualquer alegria que um bom desenho possa trazer aos clientes, além de representar um risco para toda a equipe e para o próprio tatuador. Como se não bastasse, o não cumprimento das normas de higiene pode fazer com que o estúdio seja autuado e, em último caso, fechado.

Tenha sempre em mente que, além de dominar as técnicas e ficar por dentro das principais tendências do mercado de tatuagem no Brasil e no mundo, também é muito importante prestar atenção a tudo o que abordamos ao longo deste post.

Resumidamente, nada de bom pode vir da contaminação cruzada. Por isso é tão importante que o tatuador entenda seu papel na hora de evitar esse problema e todas as medidas que pode tomar como precaução. Mostrar que você entende das normas sanitárias e que se preocupa com o bem-estar de seus clientes apenas acrescentará mais valor à percepção do seu trabalho, o que pode, inclusive, refletir no preço final.

Falando nisso, se você ainda sofre na hora de definir valores, aproveite para ler nosso artigo que traz dicas especiais para ajudar na precificação da tatuagem!

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Luciana Leal
luciana@findtattoo.com.br

CEO da Find Tattoo

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