26 maio Vai com medo mesmo: Como transicionar de carreira e se tornar uma tatuadora reconhecida!
Hoje temos uma entrevista mais que especial por qui! A incrível, super talentosa Carina Alok nos deu uma entrevista exclusiva contando um pouco da sua carreira, dos desafios e como é o processo de se tornar uma tatuadora mega reconhecida e admirada por milhares!
Como transicionar de carreira e se tornar uma tatuadora mega, blaster reconhecida!
Spoiler: Não é fácil! E vai te exigir muito!
1) Quando surge a Carina Alok artista? Como foi a sua trajetória dentro do mundo da tattoo no início ?
Eu comecei a me interessar por desenho com 5 anos de idade, aí desde pequenininha, já gostava muito de desenhar e sempre tava rabiscando um papel, carteira da escola e fui crescendo assim, a Carina Alok surgiu quando eu nasci! Meus meus empregos sempre foram na área. Nessa área de ilustração, acabei virando tatuadora! Não, não foi fácil, eu acho que toda vez que a gente muda de emprego é difícil, né? Então, no começo não foi fácil, não tinha cliente direito e até eu começar a ter clientela, demorou mais ou menos um ano.
E eu ficava sem dinheiro, essas coisas que acontecem até a gente conseguir se acertar. Eu tive muita sorte, uns amigos me deixaram tatuá-los, tenho que agradecer pela confiança em mim, e deu tudo certo!
Logo após fazer um curso de tatuagem, conversei com o professor na época e viramos sócios! Ele tinha mais de 10 anos de experiência na área, então, eu acabei aprendendo a montar estúdio, o funcionamento em geral, toda a parte administrativa.
2) Por que ter estúdio privado?
Depois de 10 anos tendo um estúdio, trabalhando com muitas pessoas, eu realmente não me imaginava trabalhando sozinha.
Foi uma coisa do destino mesmo. E eu acabei indo trabalhar sozinho, porque o estúdio que eu tinha com outro sócios fechou devido a pandemia do COVID. E após a pandemia, para ficar perto da minha família resolvi fazer um estúdio privado, o que facilitou muito para mim.
Trabalhar sozinha. Tem algumas vantagens, de fazer o próprio horário, por exemplo, quando eu tinha um estúdio maior, tinha às vezes esse incômodo com horário. Até mesmo para privacidade de alguns clientes pode ser interessante. Alguns clientes, na maioria mulheres, preferem ter essa privacidade, mais uma vantagem do estúdio privado. Eu sinto falta de trabalhar com outras pessoas.
“Eu acho que a gente ganha muito aprendizado quando a gente tá trabalhando com outras pessoas. Porque a gente sempre tem o que aprender com outra pessoa, mesmo que ela tenha menos tempo de de tattoo.”
Ano que vem pretendo montar meu estúdio, a administração não é meu forte, e me esgota muito. E eu tenho a intenção de ter um estúdio com duas ou três pessoas, não um estúdio tão grande como antes!
3) Como funciona o seu processo criativo?
Geralmente quando eu estou conversando com o cliente, ele vai me falando a ideia tudo e eu já vou imaginando o desenho na minha cabeça, pensando no local. Eu vou imaginando em minha cabeça, e como é que eu vou colocar aquela ideia ali naquela parte do corpo. E eu costumo fazer primeiro um desenho bem pequenininho, uns 5 centímetro só para posicionar os elementos. É um pequeno esboço, e depois vou atrás de referências.
As referências me ajudam a fazer um trabalho como o cliente deseja, por isso peço fotos de referência e também as busco. Se eu preciso fazer o desenho de uma mão, por exemplo, eu tiro foto da minha mão, no posicionamento que eu quero, aí faço o desenho e insiro as demais referências.
Vou desenhando, colocando o que eu considero legal e retirando o que não tá legal. Eu costumo dar uma sombreado para o cliente ver a profundidade de sombra e luz. Envio para o cliente para aprovação, estando tudo certo já vamos para a sessão!
Eu acho essa a parte mais difícil do trabalho, assim na minha opinião, porque nem todo dia você está com criatividade assim na aflorada. Tem trabalhos que nos desafiam muito! Aí, eu fico muito tempo desenhando, e o bloqueio criativo acontece.
“Essa é a parte mais difícil, depois que o desenho está pronto, é só mandar para a pele!”
4) Você acha que a credibilidade do seu estúdio é maior quando os clientes veem que você tem CNPJ e segue todas as normas de Biossegurança da ANVISA? Por quê?
Quando você segue as normas de biossegurança, os clientes com certeza vão confiar mais no seu trabalho, eles terão a certeza de que você é responsável e sabe bem o que está fazendo. E ter CNPJ mostra a seriedade do seu trabalho, e para um tatuador é muito importante, pois é uma garantia, em caso de algum acidente, algum problema futuro.
O CNPJ te dá vários direitos, lembrando que tatuadores não trabalham com carteira assinada, logo precisam buscar uma forma de terem segurança caso algum imprevisto aconteça.
5) Qual a sua dica para quem está começando?
É o que eu falo sempre. Tem que ter paciência, tem que persistir, que no início é difícil mesmo!
A gente começa sem ter cliente direito, com pouca grana. Pelo menos foi o meu caso e eu tive que me virar sozinha. Não tive muita ajuda financeira dos meus pais, eles me ajudaram como puderam, porque larguei o meu emprego de design gráfico na época pra virar tatuadora. Então eu tive que me virar muito sozinha. No início foi muito difícil, porque eu realmente fiquei. Sem grana NENHUMA. Eu peguei o meu acerto do meu trabalho como designer gráfico, que eu nem fiquei muito tempo, logo foi pouca grana. E com esse dinheiro montei um estúdio, fiquei sem nenhum, começando uma carreira totalmente nova, eu estava aprendendo ainda.
“Eu fui na loucura mesmo, estava aprendendo e fiquei sem dinheiro muito tempo. Eu durante muito tempo vivi quebrada, sem grana. O dinheiro no máximo dava para pagar as contas, nem pra sair no final de semana a grana dava.”
Então no início,o financeiro foi bem difícil para mim, mas aí depois de um tempo, foi começando a melhorar, e comecei a tatuar mais e fazer a minha clientela.O principal conselho é tem que ter paciência e continuar treinando, não pare.
Desenhe bastante, cada vez você vai ficando melhor! E tatue alguns amigos, vai ganhando experiência, até conseguir alguns clientes. É uma junção de paciência, estudo e correr atrás.
E busque pessoas que possam te ensinar, pessoas que possam te dar dicas, e te ajudem a crescer. E não se esqueça de fazer um portfólio legal para que sempre mais pessoas te procurem!
Curtiram a entrevista com a Carina? É a vida não é fácil, e para um artista pode ser ainda mais complicado! Então, se liguem nas dicas da Carina e se tiverem mais dicas, conselhos ou quiserem deixar a sua opinião nos chamem nas redes sociais!
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